Dois itens relevantes sobre a pedagogia do e-learning

UC: Processos Pedagógicos em eLearning  [PPE]  2º semestre

Temática 1 - Tarefa 1: 
Publicar uma bibliografia anotada sobre a pedagogia
do elearning/papel do professor online com 2 itens.


1) 
Titulo: Para uma Pedagogia do eLearning: o "Contrato" como instrumento mediador da aprendizagem
Autores: Lina Morgado; Alda Pereira; Luísa Lebres Aires; António Quintas Mendes
Tipo: Artigo
Referência:
Morgado, L. ; Pereira, A.; Aires, L. ; Quintas-Mendes, A. (2005) Para uma Pedagogia do eLearning: o "Contrato" como instrumento mediador da aprendizagem, VII Simpósio Internacional de Informática Educativa, Centro de Estudos em Educação & Inovação – Universidade Aberta (PT), disponível
em http://www.medeia.org/files/Pedagogia_eLearning.pdfconsultado em 20-03-2014

Descrição:
O texto é uma comunicação, direcionada um Simpósio Internacional de Informática Educativa, resultante da investigação e implementação de um modelo pedagógico de e-learning adotado pela Universidade Aberta. Apresenta-se o Contrato de Aprendizagem (CA), utilizado por esta instituição nos cursos online pós-graduados, como um instrumento mediador da aprendizagem.
Começa-se por apresentar o modelo pedagógico utilizado, associado a uma estratégia de dinamização de uma nova geração de educação a distância (EAD), que se enquadra numa transição para a educação online e construído com base em dois pilares: a aprendizagem autodirigida e aprendizagem colaborativa.
Assim o modelo estrutura-se em torno do estudo autónomo por parte dos estudantes e dos momentos de discussão assíncrona entre estes, moderados pelos professores e sobre temáticas definidas previamente. 
Neste contexto o CA surge comparado com os contratos de comunicação que regem os processos de comunicação interpessoal entre as pessoas com regras mais ou menos explícitas e informais. 
A sua principal função é indicar o que o estudante irá aprender, de que forma e como o irá fazer. É um instrumento central de comunicação entre o estudante e o professor. 
Para o estudante, é como se fosse “um mapa que o orienta sobre o que envolve o módulo/disciplina, o que deve fazer, como e quando, onde se deve dirigir” (Morgado, Pereira, Lebres & Mendes, 2005, p. 5). 
A investigação mencionada aponta para uma grande adesão dos professores à utilização do CA e que se assiste à tendência para o aprofundamento dos seus conteúdos de forma a reforçarem a sua função como instrumento mediador da aprendizagem. 

Comentário:
Na minha opinião o CA é um instrumento incontornável em EAD, dado que permite traçar um rumo para a aprendizagem, funcionando como um “mapa” para organização do trabalho do aluno. Vejo-o como um documento que, pelo seu nome, estabelece um grau de compromisso entre o professor e o aluno para que se cumpra o objetivo principal: a aprendizagem.
Tenho encontrado outros autores, instituições e ambientes, para os quais o CA assume outras designações (guião, roteiro, etc.) mas funciona sempre como um alicerce sobre o qual se define o funcionamento e o percurso da aprendizagem.
Portanto, vejo o CA como uma metáfora à volta da ideia de “contrato”: um documento que estabelece um vínculo entre pessoas, mediante a vontade, compromisso e responsabilidade destas para que seja alcançado um objetivo comum: a aprendizagem por parte do aluno. 

2) 
Titulo:E-learning : reflexões em torno do conceito
Autora: Maria João Gomes 
Tipo: Artigo
Referência:
Gomes, M.J., (2005) E-learning : reflexões em torno do conceito, Challenges'05 : actas do Congresso Internacional sobre Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação,
4, p. 229-236, Centro de Competência da Universidade do Minho, Braga, disponível
em http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/2896, consultado em 22-03-2014.


Descrição:
Este artigo é uma reflexão em torno do conceito de e-learning. Mais do que pretender apresentar formulações ou definições, procura fomentar a discussão em torno dos fatores que melhor podem justificar a adoção do termo “e-learning “ no domínio da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação(TIC) em prol da educação.
O surgimento das TIC tem originado novos modelos pedagógicos do âmbito da Educação a Distância (EaD) e constituem também um novo cenário no qual a sua utilização tem vindo a impor-se nos diversos domínios do ensino.
Neste sentido o texto refere algumas discuções em torno da amplitude do conceito de e-learning, segundo várias correntes e autores com a intenção de encontrar uma abordagem mais consensual. 
Defende-se que e-learning não é apenas colocar conteúdos online e determinadas informações, como se fosse uma extensão da sala de aula física/presencial na Internet, e que “e-learning e educação a distância não são sinónimos” (Gomes, 2005, p. 233). 
Assim, o e-learning alia o suporte das TIC, nomeadamente as ferramentas disponibilizadas pela Internet, aos modelos pedagógico baseados tanto na interação professor-aluno como também, numa visão mais colaborativista, na interação aluno-aluno.

Comentário: 
Na minha opinião este artigo tende a aproximar o conceito de e-learning da pedagogia e não somente focado em demasia nas TIC, como muitas vezes acontece erradamente.
Estou de acordo com a autora quanto esta defende um e-learning menos centrado nos aspetos tecnológicos e mais integrador das potencialidades pedagógicas provenientes da utilização das redes tecnológicas, que facilitam as pesquisas, reconstrução e partilha do conhecimento. 
Neste cenário, concordo que a conceção de curso em e-learning deve ser baseada na interação, na cooperação e na construção de aprendizagem de forma colaborativa.

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Reflexão pessoal
O facto de integrarmos uma sociedade altamente tecnológica, em que o acesso à tecnologia se democratiza a cada dia que passa, obriga a que a EAD se adapte a novas formas e necessidades de ensinar e aprender.
As TIC são, indiscutivelmente, uma forma de potencializar a educação e também a democratizar, ajudando-a a ultrapassar barreiras físicas e temporais como antes não era possível. 
A minha experiência em e-learnnig, tanto como aluno como a nível profissional, têm-me mostrado que a tecnologia por si só não basta para uma aprendizagem significativa. São fundamentais, sobretudo, novos processos pedagógicos e metodologias como o e-learning. 
Concluo ainda que, em e-learning, a aprendizagem colaborativa mediada pelas redes Internet torna-se essencial para a construção do conhecimento.

Artigo para publicação de um número especial duma Revista

UC:  Modelos de Educação a Distância [MED] 1º semestre

Actividade 3: 
Publicação de um número especial duma Revista dedicado a Educação Online

Titulo: Aprendizagem baseada em jogos: a caminho da Gameficação!

Resumo: 
Este artigo pretende refletir sobre as potencialidades da utilização dos jogos na aprendizagem e analisa, segundo o método exploratório, o conceito de jogo na sociedade e a sua influência no desenvolvimento do individuo segundo alguns autores, além dos esforços/estratégias que os agentes educativos estão a implementar. 
São ainda equacionadas as transformações tecnológicas da sociedade e a crescente presença online dos alunos, que ampliam as possibilidades de qualquer um poder jogar a qualquer hora. Isto abre inúmeras oportunidades para a Gameficação da aprendizagem, criação de recursos com características de jogos e adaptados a determinados cenários pedagógicos. 
Conclui-se que, atualmente, já é consensual que os jogos podem recuperar o desejo pela aprendizagem, torna-la mais envolvente, através dos quais o aluno passe a gostar, cada vez mais, de aprender.

Palavras-chave: 
Jogos, Aprendizagem, Gameficação, Educação, Jogos eletrónicos