Dois itens relevantes sobre REA

UC: Materiais e Recursos para Elearning [MRE]  1º semestre

Actividade: Elaboração de uma bibliografia anotada

Introdução
Como membros da uma sociedade em rede, mercê da emergência e disseminação das novas tecnologias, devemo-nos adaptar às novas práticas educativas. Já não basta ter acesso à tecnologia mas é fundamental ter acesso aos conteúdos e estar disponível a partilhar os nossos próprios conhecimentos de forma livre com os outros.
Os Recursos Educativos Abertos são assim considerados um caminho para melhorar o acesso ao conhecimento e à educação para todos.
Seguem-se dois itens que considerei pertinentes para esta temática.

Dois itens relevantes sobre Recursos Educacionais Abertos

1) Costa, M. T. F. (2012) O uso de recursos educativos abertos (rea) como recursos didáticos: benefícios para alunos e professores. Liinc em Revista, v.8, n.2,  Rio de Janeiro, p. 402-412, disponível em http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/445/381, acedido em 09-12-2013.

REA  e a democratização do acesso aos recursos
Os Recursos Educativos Abertos (REA) têm sido utilizados no sentido de abrir o conhecimento a todos que dele necessitam e, muitas vezes, com o objetivo de nivelador social. Os REA fornecem ao professor a possibilidade de adaptação destes recursos aos mais diversos contextos de aprendizagem conforme os níveis, estilos e necessidades específicas dos alunos. A adoção dos REA permite estabelecer uma metodologia diferente, inovadora e tecnologicamente atual, potenciadora do uso das novas tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente da Web 2.0.
Atualmente, existem inúmeros recursos e materiais digitais partilhados online que podem ser classificados como REA, o que faz com que o próprio conceito vá se alargando à medida que a própria tecnologia avança com novas ferramentas o que provoca também o surgimento de novas utilizações educativas.
É importante que os diferentes agentes educativos tenham presente as potencialidades dos REA para que sejam tomadas decisões acertadas sobre como eles podem ser utilizados de forma produtiva a cada realidade e a cada cenário. Só assim é que os REA podem contribuir de forma qualitativa para aumentar o acesso ao conhecimento.

Comentário:
Podemos considerar que a democratização do acesso aos conteúdos é uma grande potencialidade dos REA, sendo fundamental numa lógica de educação acessível para todos.
Acho que, a aplicação dos REA no processo de ensino-aprendizagem possibilita empregar metodologias diferentes das tradicionais, potencia a inovação e a aplicação das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação com todas as vantagens que estas trazem para a educação.  
   
2) Fernandez, A. F. e Singer, T. L.T.  (2010) Conhecimento compartilhado: recursos educacionais abertos na educação superior. Congresso Panamericano de Comunicação, disponível em http://www.ipea.gov.br/panam/pdf/GT4_Art11_Andrea.pdf, acedido em 11-12-2013.

Repositórios de recursos digitais
Constata-se que as bibliotecas e outros repositórios de recursos em suporte físico das universidades, nem sempre possuem grandes quantidades de documentos, principalmente, em condições que possam ser partilhados publicamente.
Os novos repositórios de recursos digitais, são uma forma de gerir e partilhar Recursos Educacionais Abertos (REA), e merecem uma reflexão pelas suas potencialidades na divulgação e expansão do conhecimento, assim como nas novas possibilidades que abrem para a educação a distância (EaD).
O acesso aos REA “gera uma maior autonomia dos estudantes em encontrar fontes de pesquisa”(pag. 11), característica tão importante na EaD,  logo, existindo um repositório dedicado a tal função é uma forma de garantir e controlar a sua qualidade.
Neste repositório poderiam ser publicados os trabalhos finais dos alunos dos diversos cursos de forma a motivá-los a construir sua própria aprendizagem.
Sendo as Universidades centros de desenvolvimento e inovação tecnológica é chegado o momento de transformar esta dinâmica numa prática social. Para tal é fundamental a liberdade de acesso, a facilidade de publicação e promover a reutilização do conhecimento em prol do interesse publico.

Comentário:
Penso que os espaços digitais, como plataformas, onde possam ser armazenados, geridos e partilhados REA, são uma forma de controlar a sua qualidade e dar credibilidade aos seus conteúdos, o que é indispensável para a educação superior.
As universidades têm um papel importante no incentivo da utilização do REA que se deve estender à implementação de repositórios que possibilitam o tão desejado fácil acesso aos conteúdos.

Conclusão
A utilização da Web 2.0 em larga escala por todos torna-a uma ferramenta educativa de excelência. Tem-se verificado que os alunos gostam de utilizar os REA na sala de aula, mas sobretudo gostam de criar outros recursos além de os partilharem na internet.
Os REA vieram assim promover um maior empenho e motivar o interesse para aprender fazendo e partilhando, tanto por parte dos alunos como dos professores, que alteraram a sua postura tradicional e desenvolvem a curiosidade em pesquisar e criar.

Os REA dão a oportunidade ao aluno de se tornar ativo no processo da sua aprendizagem de forma colaborativa e construtiva. 

Cibercultura, segundo Pierre Lévy [ESR]

UC:  Educação e Sociedade em Rede [ESR] 1º semestre

Prólogo
Este texto visa analisar a obra de Pierre Lévy [Cibercultura] com o objetivo de produzir um comentário sobre a noção de cibercultura tal como é defendida pelo autor, acompanhada de três exemplos desta temática.
Materializa a atividade 2 da UC Educação e Sociedade em Rede.

Introdução
Ciberespaço
Cibercultura, para Lévy, é um fenómeno que ocorre no ciberespaço, o qual o autor chama também de rede, e que define como “novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores”(Lévy, 1999, p.17).
Considera que os desenvolvimentos sociais estão diretamente relacionados com os desenvolvimentos tecnológicos. A dimensão social da sociedade determina a aplicação das novas tecnologias conforme as nossas necessidades.


O conceito de ciberespaço é então uma consequência das interações entre nós e a forma como vivenciámos as estruturas sociais. Numa sociedade que vive em rede a tecnologia é aproveitada como local privilegiado para relacionamento social.


O desenvolvimento tecnológico trouxe-nos inovações que se encontram perfeitamente integradas na nossa vida (computadores, telefones, internet, emails, redes sociais, etc) e vivemos envolvidos por elas, dando-lhes significados culturais e sociais.
É desta forma que Lévy chega ao conceito de cibercultura, que defende ser um movimento sedimentado em novas formas de comunicação e troca de conhecimento. É um fenómeno social que dá outro significado a todas as dimensões da sociedade, incluindo a comunicação, a participação, a educação, a forma de acesso ao conhecimento e à aprendizagem. Estas dinâmicas provocaram uma desinstitucionalização do saber a par de uma democratização de todo o processo cultural.



Cibercultura, segundo Pierre Lévy
Cibercultura
Cibercultura, especifica Pierre Lévy,  é o “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (Lévy, 1999, p.17).
Nesta obra o autor desenvolve a tese de que a cibercultura reflete a “universalidade sem totalidade. É universal porque fomenta as ligações entre todos, mas admite a diversidade “que dissolve a totalidade” (Lévy, 1999, p.149). Ou seja, a internet forma uma grande rede em permanente expansão na qual cada nó é fonte de “heterogeneidade” e diversidade de temas, sentidos e discussões que estão numa renovação continua.

Socorre-se de várias analogias e metáforas para enquadrar esta problemática, como quando compara  “dilúvio informacional” (Lévy, 1999, p.14).em que vivemos hoje em dia com o dilúvio de Noé. Mas o atual dilúvio jamais terminará. Devemos aceitar que é necessário viver em rede, sendo cada um de nós um Noé com uma arca que estabelecerá ligações com outras arcas. Ou seja o nosso dilúvio não tem apenas uma arca estanque, fechada por si mesmo, mas um numero infinito de arcas interligadas.
Estas interligações entre indivíduos, e as suas arcas, formam redes colaborativas com dinâmicas sociais e de aprendizagem cooperativa que tornam o ciberespaço um instrumento privilegiado de inteligência coletiva.

Noutra analogia, o autor defende que a cibercultura pode ser herdeira do iluminismo, que se desenvolveu na Europa do século XVIII, difundindo valores como fraternidade, igualdade e liberdade. Neste sentido o ciberespaço é um instrumento de comunicação entre indivíduos, que lhes permite afirmar ou seu valor, os seus direitos e a aprender o que querem saber.
Atualmente vivemos online em comunidades virtuais, ligadas ao universo, que constroem e dissolvem continuadamente as suas “micro-totalidades”  dinâmicas e  emergentes, mergulhadas no nosso novo  “dilúvio informacional”.

Exemplos
1)   Correio eletrónico
Email
Serviço baseado na rede web que permite a troca de mensagens escritas entre utilizadores. A sua grande expansão veio substituir a correspondência tradicional e alterou definitivamente a forma dos indivíduos comunicarem. O conceito de espaço físico e temporal deixou de ser importante o envio e receção de mensagens.
Com o email “cada um pode emitir para a totalidade do grupo e saber que os outros também terão recebido as mensagens que ele lê” (Lévy, 1999, p.94).
Assim, podemos dizer que é uma ferramenta de comunicação que, além de permite a comunicação pessoa-a-pessoa , também tem a potencialidade para transmitir mensagens do coletivo-para-coletivo.

2)   Fórum
Fórum
Serviço que permite a publicação de mensagens de uma forma pública com características coletivo-para-coletivo e funcionam como comunidades virtuais e “são espaços de troca de informações e de debates” (Lévy, 1999, p.103).
Estes espaços coletivos são reservados à participação dos utilizadores neles inscritos onde estes partilham interesses e manifestam opiniões numa experiência de cidadania e democracia. online.

3)   Hipertexto
Hipertexto
O hipertexto foi uma inovação que revolucionou a forma de apresentar a informação e facilitar a interação dos indivíduos com conteúdos permitindo-lhe navegar pela rede de forma fácil e rápida sem necessidade de quaisquer conhecimentos técnicos.
“Na Web, cada elemento de informação contém ponteiros, ou links,  que podem ser seguidos  para acessar a outros documentos sobre assuntos  relacionados” (Lévy, 1999, p.106).
O hipertexto possibilitou também o desenvolvimento de novos serviços baseado na internet, possibilitando que os utilizadores passassem a ter a possibilidade de produzir e partilhar conteúdos na rede.

Conclusão
Mundo cibercultural
Esta obra, depois de mais de uma década após a sua publicação, ainda nos faz refletir sobre os caminhos da nossa sociedade e sobre a forma como vivemos no ciberespaço.
Muitos dos desafios enunciados por Pierre Lévy permanecem atuais. A nossa sociedade necessita de reconhecer que uma sociedade em rede e globalizada contempla novas formas de apropriação de cultura, de cidadania, de intervenção pública e de aprendizagem cada vez mais coletiva.

Vivemos num mundo cibercultural onde já não somos espetadores, mas sim protagonistas, passamos de uma postura estática para uma em constante movimento, evoluímos de uma situação de dependência intelectual para uma de autonomia no desenvolvimento intelecto-cognitivo.
O monopólio do acesso e distribuição da informação deu lugar à multiplicidade, composta por diferentes indivíduos, que interagem em rede para criar os conteúdos que consumem.

Comentário reflexivo
O autor começa o seu livro, logo na introdução, por avisar que o “consideram um otimista” (Lévy, 1999, p.11). Realmente ao longo desta obra o autor apresenta uma visão entusiasmada sobre o nosso futuro numa sociedade digital que vive no ciberespaço fascinada com a cibercultura.
É necessário reconhecer que o crescimento do ciberespaço é um movimento imparável de indivíduos ansiosos por experiências coletivas e intervenções proativas na nossa sociedade. Por outro lado, o ciberespaço constitui-se como o novo espaço para a comunicação e intervenção social e de cidadania.

Primavera Árabe
Atualmente, podemos constatar isto no surgimento de movimentos sociais emergidos nas redes sociais (ciberespaço) de forma espontânea, que se tornaram gigantescos, sem qualquer tipo de controlo e organização pelas instituições tradicionais como partidos ou governos.
Um destes exemplos é o chamado movimento da “Primavera Árabe” que, recentemente, transformou o cenário social e político de muitos países do médio oriente e norte de África.
Estamos assim a viver num espaço e numa cultura com novas potencialidades que devemos aproveitar nas diversas dimensões da nossa sociedade: politica, económica, social e cultural.

Obra Analisada
Lévy, P. (1999). Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo - Brasil. Editora 34.


Referencias de imagens:

"Cibercultura", disponível em http://escolaemidia.blogspot.pt/


"Email", disponível em http://www.otimizacaodesites.com/construindo-seu-banco-de-e-mail-marketing/


"Fórum": disponível em http://www.phabloprojetos.com/2012/03/criar-forum-para-meu-blog.html

"Hipertexto": disponível em http://educacaoafa403.blogspot.pt/

"Mundo cibercultural", disponível em http://infomidiaufrgs.blogspot.pt/2010/07/mundo-digital-como-ignorar-essa-verdade.html

"Primavera Árabe", disponível em http://grazaza.blogspot.pt/2011/06/onu-declara-que-o-acesso-internet-e-um.html




en → pt
http

O meu MAMBO7

Modulo de Ambientação Online [mabo7]  1º semestre


Neste MAMBO deparei-me com uma nova plataforma de e-learning diferente à que estava habituado de outras andanças na UaB. Talvez por ainda estar um pouco “viciado” na anterior esta parece mais confusa de utilizar e mais desorganizada… mas são impressões ultrapassáveis com o tempo.

No entanto, de uma forma geral, tive facilidade na utilização da plataforma, e respectivo ambiente virtual, dados os meus conhecimentos de informática, pois sou formador de TIC e tenho experiência nestes ambientes de aprendizagem.
Por outro lado, visto que já frequentei alguns cursos em regime de elearning, também não achei estranho os métodos de trabalho e respectivas actividades, pelo contrário senti-me bastante confortável na utilização dos fóruns assim como toda a plataforma.

No entanto estou consciente que também apreendi alguma coisa, e compreendi melhor que no caminho para este mestrado se faz com muita reflexão e utilização de metodologias de construção do conhecimento de forma cooperativa e colaborativa. Estes aspetos estiveram bem patentes nas atividades propostas, nomeadamente, no fórum “Discussão sobre o Estudante Online”
.
Refleti, ainda, sobre a importância da gestão do tempo e da organização pessoal neste tipo de ensino o que, certamente, me irá ajudar a planear os meus estudos.

Este MAMBO constituiu assim um momento muito enriquecedor que irá ser um excelente alicerce para as novas aprendizagens que irei construir a partir de agora.


JP.João Pinto